FANTASMAS DO PASSADO

I – O MAL

Vejo-os flutuando sobre mim
com suas capas pretas e sombrias,
desejando o meu mal, o meu fim,
para, então, fazerem suas zombarias.

Destes pobres coitados tenho pena,
são seres ignorantes e inferiores,
seguem o demônio, que lhes acena
com uma vida triste e sem amores.

 

II – A ORIGEM

Pergunto-me o que posso ter feito
para provocar tão odioso sentimento,
mas sei, bem no fundo do meu peito,
que nada fiz para sentir arrependimento.

Quando pessoas se unem pela crueldade
seus alvos são escolhidos por antagonismo,
basta ser uma pessoa sem qualquer maldade
para se tornar vítima de todo tipo de cretinismo.

 

III – A TORMENTA

Vejo a festa que vocês adoram fazer
quando percebem que atingiram seu alvo,
praticar o mal, para vocês, é diversão e lazer
e até acreditam que disto ninguém está salvo.

Mas eu aprendi a ignorar esta tormenta,
a flutuar bem acima desta nuvem negra,
sinto-me como quem nem sofre nem lamenta,
apenas sobrevive como uma pessoa íntegra.

IV – O PREÇO

Eles ignoram a Justiça Divina,
que serão posteriormente julgados,
tremeriam se pudessem imaginar a sina
de quem vive para deixar outros magoados.

Existe uma lei para todo o universo,
a cada ação corresponde uma reação,
um ser humano pode ser muito perverso,
mas muito lhe será cobrado por cada má ação.

 

V – O PERDÃO

No início eu me deixei contaminar
e enchi meu coração de tolo ódio,
queria com vingança a raiva eliminar
mas algo em mim rejeitava tal episódio.

Aos poucos fui compreendendo
que todo o mal deve ser perdoado,
do ódio que senti eu me arrependo
e agradeço a Deus que tenha terminado.


Autor: Lupércio Mundim - Todos os direitos reservados!



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